quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O mundo é louco, definitivamente louco

Desenganem-se todos aqueles que até hoje vêm o mundo, um local seguro.
O mundo é louco e pior do que isso é que eu estou metida nele.
Olho em volta e oiço falar de e sobre tanto. Opiniões vinculadas sobre assuntos incertos.
O que vai acontecer amanhã? Quem subirá ao governo? Do país? Dos países? Da Europa? Do mundo? Quem será a nova potencia mundial?  Quem é que tem que agir? Sou eu? És tu? Os Velhos? Os novos? Servirá de algo o nosso voto? E em que votar? quem nos vai garantir um desafogo? Iremos superar aquela coisa a que chamam de crise? Apertem os cintos! e depois? Apertamos? Aumentem-se os impostos, retirem-se subsídios! e agora? Sufocamos? Aumentem os Ivas ? É para rir? Rimos todos? Ou só aqueles que  podem ter a "placa" completa? Onde pára o dinheiro dos pobres? Dinheiro? e o que é isso?
Isso, foi um pequeno monstro que criamos á uns tempos atrás, a propósito de nada.
Cria-mo-lo com o intuito de tornar tudo mais fácil, com o intuito de o bem gerir mas hoje é ele que nos gere a nós humanos, e não nós que o gerimos. Pensemos. Hoje o dinheiro não se move pelas pessoas mas nós, nós sim, move-mo-nos por ele.  Tal como nos filmes de zombies em que estes retornam a vida depois da morte só e apenas sedentos do desejo pela fresca carne ainda humana. Que desequilíbrio tão "desnatural".
Uns lutam por poder, outros lutam  por poder viver, mas a vida não é um bem essencial que a todos deveria assistir? Coube-nos a nós um pensar e agir mais á frente somos os únicos seres racionais, pensamos, e supostamente temos inteligência, é aqui que eu pergunto: Que raio de responsabilidade nos foi dada? Onde pára a nossa inteligência e capacidade de tornar o mundo um lugar melhor?
O mundo é louco acreditem!
Hoje temos prontamente e ao nosso serviço demasiadas coisas inúteis, fúteis, fomos seres capazes de as criar, para quê? Para nosso conforto. Outras tantas dessas coisas são-nos muito úteis e ai nos prezo, mas e onde está a essência da vida? Está no telemóvel que todos os dias carregamos e sem o qual, estupidamente, achamos que não conseguimos viver? Está no carro que nos leva para quase todo o lado? No computador que nos afasta dos sentidos? Na tamanha tecnologia que não pára de crescer? Era-mos tão básicos e inventamos todo o inimaginável.
Somos racistas, todos. África do sul, como é possível que se entrem em casas de outros, apenas com o prepositivo de provocar o terror? Como permite a alguém, que irá provavelmente ficar á "frente" de um país, que diga, " Aos brancos, que se lhes dêem um tiro na cabeça e caso não concordem com tal que saiam do país " . Histórias desoladoras de crianças atiradas para banheiras com agua nos 100 Cº vendo armas apontadas aos pais,E os pais a sentirem a Impotencia a correr-lhes pelas veias. Violam-se sinas traçadas de sentimentos  ruins. Afeganistão, porque se permite a desvalorização da mulher? Onde e quando termina a guerra? Porquê que há guerra?
Quantos Mundos haverão para além do nosso? Muitos? Nenhuns?
Mas que raio como é que eu vim aqui parar? Porquê? O que é que estamos a fazer?
O barco embrenha-se pelas aguas e a orquestra não pára de tocar, nós continuamos a ouvi-la sem nada fazer. E quando as aguas nos chegarem ao pescoço? E quando sentir-mos a gélida dor de já não poder mais fazer? Não interessa, que a orquestra continue e agora que dancem! Em qual das 20 salas atrás ficou esquecido, depositado, aquilo que realmente somos? Onde estão os valores? os verdadeiros motivos pelos quais deveríamos envergar, onde estão as Boas energias? de que lado está a razão? Quem somos? Porque somos dotados desta estupidez que não acaba.?
Queremos mudar o mundo mas hoje estamos cansados.
Queremos mudar o mundo, mas o que que vamos fazer sozinhos?
Queremos mudar o mundo, não sei que fazer?
Queremos mudar o mundo, mas deixa-mo-lo inconscientemente para amanhã.

É urgente acreditar que somos capazes! Não foram precisas 60 mil pessoas de uma vez para se criar qualquer religião. Bastou uma apenas uma. Tapemos as grandes falhas deste barco do meu barco, do teu barco. Não permita-mos que a água nos afogue, quando ainda podemos fazer algo. É urgente que se acredite. é urgente procurar a nossa essência, aquilo que perdemos. É urgente um novo caminho porque este não é o certo. Se não está a funcionar então mudemos a estratégia! e não percamos mais forças em algo que não tem funcionado. Que se mexam as vontades e as entranhas. que se mexam os desejos e os sonhos.

O Mundo é definitivamente louco, mas piores somos nós, que o criamos assim.




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tudo de algo.

" Arrastei-me por este mundo solto durante décadas,
Encontrei pessoas do tipo A, B, C, X, Y e Z.
Senti-me sempre à parte, seria mais? Seria menos?
Diferente sempre fui, disso tenho a certeza.
Melhor? Pior? A realidade é diferente consoante os olhos que a vêem.
Sempre me considerei melhor, mas a humildade nunca foi o meu forte.
Daí a minha incerteza. Serei deste mundo?
Porque é que me hei-de considerar melhor se todos temos as nossas diferenças?
Foi algo com que me fui debatendo durante a minha existência.
Dificuldade em ouvir, dificuldade em aceitar sempre estiveram latentes em mim.
Hoje percebo que o meu pior é o meu melhor. Porque é o que me faz diferente.
Teimosia nata. Mania da certeza.
Nenhum destes atributos me deu sorte na vida. Pelo contrário.
Aprendi que para sobreviver nesta selva teria de me moldar.
Moldar-me à mais simples insignificante população sem sentidos e sem objectivos.
Pessoas que só vivem para morrer.
Eu pelo contrário, vivo para viver!
Tenho medo da morte porque não quero deixar este mundo.
Por muito solto que ele seja, quero deixar-lhe a minha marca.
Quero provar que a minha diferença não existe por acaso e que nasci para dinamizar este gado incandescente que se habitua a tudo.
Liderar? Nunca ansiei por isso na verdade, mas no fundo sempre soube que estava destinado.
Pode ser verdade. Pode ser a minha hipocrisia a funcionar.Pensava eu...

Até que um dia encontrei-te.
Conheci-te e soube que podia ser como sou.
Soube que afinal não estava sozinho.
Que havia alguém que sentia o mesmo que eu.
Alguém que gostava de mim por aquilo que sou.
Com a minha maneira de ser especial e diferente.
Alguém que se ria da minha teimosia e me fazia rir.
Descobri que para recomeçar era só preciso ter vontade de felicidade.
Era de ti que eu precisava.
Foi por ti que sempre ansiei.
Tens aquele espírito aventureiro.
Não dizes que não.
Tens personalidade!
Um sorriso teu mexe comigo por dentro, faz me querer rir.
A tua luz interior ilumina-me no escuro.
Mostra-me aque a felicidade existe e que posso ser feliz neste mundo vago de personalidade.
Gostava de me dar a ti totalmente.
Mas para isso preciso de confiar em ti e eu só posso confiar totalmente em quem me mostra confiança.
Espero pelo dia que me queiras contar os teus problemas assim como te contei os meus.
Partilhei contigo segredos de que tenho medo de falar.
Dei-me a ti. Dei-te a minha família.
Agora deixo uma lágrima cair por ti, porque pensava que não me ias deixar.
Porque esperei e dei-te muitas oportunidades para me confiares os teus medos.
Como podes dizer amar alguém e não partilhar com ela a tua vida?
É descabido não é?
No entanto eu partilhei a minha contigo e mostrei-te os meus medos.
E os teus?
Não sou um porto seguro para todas as dificuldades?
Eu disse-te sempre que sim.

Ansiei que te desses a mim totalmente, não só em palavras mas em sentimentos.
Atitudes. Reacções.

Não preciso que me digas a toda a hora que gostas de mim.
Eu sei.
E de vez em quando sabe bem ouvir. A toda a hora não.
Porquê?
Porque sou daquela espécie já extinta que veio por engano a este mundo.
Porque a minha personalidade não é deste tempo.
Acredito que algures no espaço está uma estrela à minha procura.
Essa estrela é a minha casa.
E nessa estrela todas as pessoas pensarão como eu.

Será que vens dessa estrela também? "


Para: Mim
De: João Francisco Teles