Chamam-lhe de Amor e ontem ao cair da noite desafiaram-me de mansinho a escrever sobre si. Sinto-me desconfortável ao escreve-lo aqui pois as palavras escritas que o descrevem nunca são suficientes e já existem mil e tantas coisas por ai desenhadas a seu respeito.
Outrora teria tanto que vos contar sobre este assunto, saberia contar-vos tudo o que nos trás e tudo o que de nós leva, neste momento não sei bem se o sei ou se estou só reticente por não saber como começar.
Sei que existe por ai e que as gentes correm em sua constante procura.
Sei que nos faz sentir mais vivos, mais nós próprios.
Sei que faz de nós vítimas, consome-nos o corpo num sopro tão instantâneo que por vezes não lhe reparámos. E surge, surge num brilho ao canto do olho, num sorriso nos lábios, num fervilhar descontrolado de emoções, em cócegas na barriga, num respirar ofegante, num tremer de mãos, faz-nos sentir coisas que não sabemos explicar, salpica-nos de uma magia tão intensa quanto rebelde. Faz abrir as flores do nosso jardim, por mais novas que sejam e até os pássaros parecem cantar melhor.
Mas, também sei que faz de nós pequeninos e grandes fantoches ao seu dispor. Fá-lo porque tem crédito mais do que suficiente para isso.
É na verdade um sentimento carregado de um tão delicioso como arriscado poder. Liberta-nos e aprisiona-nos como bem entende e por isso torna-se, por vezes, perigoso. Pode ou não dar certo, pode ou não ser correspondido, pode ou não ser sentido de igual forma, por isso dói, por isso magoa , mas faz-nos felizes á medida certa ou incerta.
Quando decide aparecer nunca ou quase nunca estamos preparados mas acabamos sempre por pensar que vem para ficar no tão famoso “para sempre”. Esquecemos então que o “para sempre” pode acabar amanhã.
obrigada pela visita, sara, agora a falar com a minha filhota já fiquei em "sintonia"!
ResponderEliminarl'amour para sempre... já era! à moda antiga, s´p nos romances de princesas é que ainda podem acontecer...
quanto ao resto há-de correr bem, possivelmente para a semana serei operada, e seja o que Deus quiser!
beijinhos